Gamificação: a tendência que promete unir diversão e aprendizado em vídeos educativos

Muito além de encantar as pessoas por meio de um universo lúdico, a gamificação é capaz de facilitar o processo de aprendizagem graças aos desafios impostos, a interação nas etapas do jogo e, claro, a apresentação de novas informações de maneira muito mais atrativa. A gamificação, portanto, é uma tendência que une a diversão e aprendizado e que pode ser aplicada nos vídeos educativos.

Educadores, alunos e produtores de vídeo não podem ficar por fora dessa tendência. Por isso, continue a leitura, entenda melhor o que é a gamificação, quais são seus pilares e também como gamificar os vídeos educativos.

Boa leitura!

O que é gamificação?

Não é de hoje que a metodologia de ensino vem sendo questionada. Aulas completamente expositivas não são mais efetivas para o processo de aprendizagem, além de serem cansativas e pouco dinâmicas, tanto para os alunos, quanto para os professores. Neste contexto, surgiu a gamificação, uma maneira mais atrativa de transmitir conhecimentos e também aprender.

Assim, a gamificação é um conceito que utiliza os jogos como artifício para ensinar. É fato que os jogos são amplamente utilizados nos primeiros anos da Educação Básica, mas na gamificação o uso dos jogos é ampliado também para os públicos adolescente e adulto. O conceito, portanto, defende que o uso de jogos também pode ser de grande valor para públicos além do infantil.

Utilizar estratégias lúdicas de aprendizado como a gamificação permite transformar o espaço da sala de aula em algo mais atrativo para os alunos e mais dinâmico para os professores. Assim, o discente continua sendo protagonista do processo, mas o aluno ganha um papel mais ativo, sendo agente da construção de sua própria aprendizagem, com mais autonomia.

Quais são os pilares da gamificação?

Para que a gamificação seja eficaz, há alguns pilares nesse processo que devem ser aplicados. E, claro, eles valem também para a gamificação dos vídeos educativos.

Esses pilares foram desenvolvidos por Yu-Kai Chou, um dos primeiros a estudar e aplicar a metodologia. Também conhecidos como Octalysis, são oito os pilares fundamentais da gamificação. Conheça:

1. Vocação épica

Atribui o sentido de que o participante está em algo importante e precisa se dedicar para receber algo em troca.

2. Desenvolvimento e conquista

A gamificação também envolve o desenvolvimento de habilidades, o que gera satisfação e a vontade de se desenvolver ainda mais. Para isso, há desafios a serem superados, o que deixa o aluno com “energia” para atingir mais e mais objetivos.

3. Expressão da criatividade e retorno

Os alunos devem receber retornos sobre seu desenvolvimento, para que se sintam cada vez mais à vontade para expressar a criatividade.

4. Premiação

Assim como nos jogos, o aluno precisa receber alguma recompensa pelo seu avanço. Afinal, a premiação seja virtual ou física, representa a concretização do objetivo e mantém o aluno motivado.

5. Comunidade e pertencimento

É um fator de influência social. Por meio da linguagem adotada, técnicas e também as ferramentas de interação social que permitem que o aluno se sinta pertencente a uma comunidade. Um bom exemplo é proporcionar tarefas em times, com objetivos a serem alcançados em grupo.

6. Escassez

A gamificação também promove a escassez em alguns pontos, já que assim pode gerar um desconforto no aluno, que só será resolvido caso ele cumpra as etapas do jogo. É uma maneira de manter o foco na jornada.

7. Curiosidade

O sétimo pilar da gamificação é a curiosidade. Por meio da instigação, o aluno tem vontade de saber o que acontece nas próximas etapas do jogo. Isso faz com que ele se mantenha interessado no processo.

8. Perdas e oportunidades de curto prazo

Por fim, o último pilar é o de prevenção de perdas. O aluno se sente motivado por não desejar comprometer seu avanço até aqui, já que pode perdê-lo. Oportunidades de curto prazo também podem ser disponibilizadas neste sentido.

Por que é importante se adaptar à tendência?

A gamificação é capaz de transformar a sala de aula em um ambiente muito mais atraente para os alunos e menos monótono também para os professores. Dessa forma, as interações tornam-se muito mais presentes, com um aumento na participação dos alunos, mais criatividade, promoção da autonomia, mais comunicação e, por consequência, uma melhor absorção do conteúdo.

Assim, é importante que educadores vejam na gamificação uma estratégia para promover a aprendizagem de maneira mais dinâmica e atrativa. É transformar a sala de aula em um jogo, no qual os alunos podem relacionar assuntos a serem aprendidos com desafios, aos quais eles devem se esforçar para atingir o objetivo, como em um jogo.

Vale lembrar que com os avanços da tecnologia os alunos já estão aptos para aprender dessa maneira, assim como as instituições já possuem mais condições de incluir a gamificação nos processos pedagógicos. Hoje, já existem materiais como lousas que proporcionam a interação, telefones celulares, tablets e outras ferramentas que ajudam na gamificação dos processos.

Dessa forma, a gamificação usa uma linguagem que já é conhecida pela maior parte dos alunos e, assim, torna o processo muito mais atrativo e ainda estimula a autonomia na aprendizagem.

Quais as melhores estratégias para incluir a gamificação em vídeos educativos?

Uma das melhores maneiras de aplicar a gamificação em vídeos educativos é a partir da técnicas de narração presentes em jogos. Entre elas, temos o storytelling, que já é um conceito bastante conhecido no marketing e que consiste em contar uma história.

Nos jogos, há personagens que devem cumprir uma jornada com um determinado objetivo. O mesmo pode ocorrer nos vídeos educativos. Dessa forma, a técnica é aplicada para demonstrar o que deve ser feito e fazer com que o aluno seja imerso na história.

Portanto, trata-se de uma maneira de ambientar os alunos nesse universo por meio da narrativa, inserindo-os em um ambiente enigmático, repleto de desafios e objetivos a serem conquistados.

Os vídeos educativos também podem usar avatares, que são as representações virtuais dos personagens, que neste caso são os alunos e educadores. Com o avanço da tecnologia, os vídeos são cada vez mais sofisticados, permitindo incluir detalhes com perfeição, o que aumenta ainda mais a imersão dos alunos neste contexto.