Geração de EAD no Brasil
Nos últimos anos ocorreu um aumento da oferta e procura de cursos na modalidade EAD e também dos estudos voltados para este tema. Vamos acompanhar, agora, um pouco sobre como tudo isso começou.
O EAD foi implementado a partir da necessidade do preparo profissional e cultural de milhões de pessoas que, pelos mais variados motivos, não podiam frequentar um estabelecimento de ensino presencial. Ele vem evoluindo, ao longo do tempo, com a chegada de cada vez maior das tecnologias disponíveis, as quais influenciam o ambiente educativo e também a sociedade em geral.
Ao contrário do que se possa pensar, essa modalidade de ensino não é tão recente como muita gente, de fato, pode imaginar, uma vez que existem alguns relatos demonstrando que essa modalidade de ensino, em sua forma embrionária e empírica, vem sendo posta em prática desde meados do século XIX. Entretanto, somente nas últimas décadas passou a ter mais visibilidade e a fazer parte das atenções pedagógicas.
Dessa maneira, como a EAD possui uma longa história, nós podemos agrupá-la através de gerações, e de acordo com os recursos tecnológicos utilizados em cada uma delas. As formas de ensino e estudo a distância foram se modificando ao longo dessas gerações, e as tecnologias educacionais utilizadas podem ser divididas em dois tipos: – Independentes, que é quando não dependem de recursos elétricos e/ou eletrônicos para sua utilização e/ou produção, como, por exemplo, os materiais impressos, livros e as apostilas – Dependentes, quando eles dependem de um ou de vários recursos elétricos e/ou eletrônicos para serem produzidas e/ou utilizadas, como é o exemplo dos: vídeos, filmes, internet, chat, fórum, e-mails, texto eletrônico, etc.
A combinação desses dois tipos de tecnologias educacionais em cursos de EAD penso que seja importante, porque gera uma maior possibilidade de atingir os diferentes tipos de públicos. No caso do Brasil, por exemplo, que é um país com dimensões continentais, se torna imprescindível que sejam utilizados os vários tipos de tecnologias, para assegurar o acesso do maior número possível de pessoas aos cursos à distância.
É importante considerarmos que, nos cursos que oferecem a modalidade a distância, não adianta utilizar uma inovação tecnológica atual, por si só, ou seja, sem critérios pré-estabelecidos. É necessário selecionar os meios mais apropriados para determinadas situações de ensino-aprendizagem, devendo levar em consideração os objetivos pedagógicos e didáticos que foram previamente definidos, bem como as características da clientela e a acessibilidade aos meios que serão utilizados durante as aulas.
É fundamental que usuários, facilitadores, tutores estejam integrados e “próximos”, para que haja maior facilitação nesse processo de ensino-aprendizagem. Para tal, alguns fatores devem ser levados em consideração, como, por exemplo, o público-alvo do curso em EAD; a tecnologia utilizada para levar a informação; o grau de interação entre usuários, facilitadores e tutores; e as mediações pedagógicas que irão ocorrer.
Ao fazermos uma reflexão, levando em conta esses fatores, nós estaremos no caminho mais correto para um desenvolvimento de ensino que será satisfatório para todas as partes envolvidas.
Vale ressaltar a importância de observar que, os sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, a escolha e o uso didático que será dado a cada tecnologia utilizada e se o usuário, terá acesso à tecnologia que será empregada no curso.
Diante desse apanhado histórico, que, de certa forma, mistura passado com presente, nós temos atualmente o que chamamos de: Gerações baby boomer, X, Y, Z e Alpha. A princípio, as gerações eram classificadas a cada 25 anos. Devido ao constante avanço tecnológico e consequente influência nos hábitos culturais e sociais, essa divisão passou a ser feita a partir das relações entre o homem e os equipamentos tecnológicos.
Da popularização das televisões de tubo aos smartphones, cada uma das gerações se diferencia na forma de consumir e de se relacionar perante a sociedade. Confira, logo abaixo, as principais características de cada uma das cinco últimas gerações.
Geração Baby Boomer
A geração de “explosão de bebês” foi um reflexo observado pelo aumento demográfico após a Segunda Guerra Mundial, entre as décadas de 1950 e 1960, principalmente nos Estados Unidos. Essas pessoas tiveram como grande influência a comunicação por meio da televisão.
Através desse aparelho, as ideias de liberdade e manifestos eram propagadas entre os jovens. Elas contrapunham a ideia de guerra, e era essa geração que se mobilizou por meio de música e de protestos contra os conflitos armados. Os representantes significativos dessa fase são os hippies, que lutavam contra a Guerra do Vietnã. Hoje, as pessoas dessa geração têm em média 60 anos e costumam ocupar posições significativas em instituições.
Geração X
Foi uma geração nascida logo após o “Baby Boomer” e, por sua vez, viu o surgimento do computador, do celular e da internet. A geração X está para aqueles que nasceram na década d e 60 até o final de 70.
A expressão “Geração X” foi criada pelo fotógrafo Robert Capa em 1950, que mais tarde usou este nome para intitular um ensaio fotográfico sobre homens e mulheres jovens que cresceram depois da Segunda Guerra Mundial. O termo definia uma juventude que não gostava das rotinas e que possuía um futuro, digamos, incerto.
Geração Y
É também conhecida como geração do milênio ou da internet. A geração Y é aquela das pessoas nascidas entre as décadas de 80 e início dos anos 90, exatamente na mudança do milênio.
Essa geração ficou conhecida assim por ser composta pelas pessoas que nascerem em um mundo já globalizado, com tecnologias surgindo a todo instante e, justamente por isso, se caracteriza por ter vivenciado os avanços tecnológicos e a transformação de alguns países em potências mundiais.
As suas principais características são a de estarem sempre conectados nas plataformas digitais; na maioria das vezes preferem computadores a livros; vivem nas redes sociais; trocam de emprego com uma maior frequência e estão sempre em busca de novas tecnologias.
Geração Z
Composta por pessoas nascidas após o ano de 1995 até 2010. Os jovens da Geração Z são nativamente digitais: chegaram ao mundo em uma época em que a internet já existia e tiveram a tecnologia altamente presente na infância e adolescência.
De acordo com alguns estudiosos, são pessoas que têm uma percepção de mundo e de tempos bem diferentes, e muitas vezes não diferenciam o mundo on-line do mundo off-line. Entre as principais características estão a conectividade, o uso constante de aparelhos tecnológicos, a busca por flexibilidades de horários, uma menor ambição e maior interesse em empreender.
Geração Alpha
São as mais conectadas à tecnologia. São pessoas que nasceram de 2010 para cá e fazem parte do que o pesquisador australiano Mark McCrindle chama de: “geração Alpha”.
Esse sociólogo afirma que elas são mais independentes e têm maior capacidade de resolver problemas do que as gerações de seus pais e avós. Isso se deve ao fato de que essas crianças já nasceram em ambientes repletos de aparelhos tecnológicos, estímulos sensoriais e novas ferramentas de ensino – e com uma grande intimidade com smartphones e tablets que pode até assustar os pais.
Ainda é relativamente cedo para definir toda a geração – que inclui pessoas que ainda vão nascer até 2024 -, mas especialistas projetam que serão pessoas mais curiosas e que deverão se relacionar de maneira menos hierárquica.
Conclusão
É interessante lembrarmos que as pessoas de diferentes gerações aprendem também de formas distintas, pois a cultura influencia na forma como nós aprendemos. Sendo assim temos que compreender cada geração x, ou y, para aprender como eles aprendem. Sem compreender como essas gerações se comportam e são, podemos ficar “cegos” em relação a como cada geração pode se desenvolver e aprender.
Não é adequado aplicar a mesma metodologia para diferentes gerações, portanto, temos que investigar formas de aplicar a formação, onde cada geração tem sua forma única e singular de ser e aprender. Se essa distinção não é compreendida, o aprendizado será prejudicado.
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