Por trás de todo vídeo corporativo emocionante há um roteiro muito bem escrito. É a partir desse documento que são decididos fatores importantes como a história que será contada, atores, itens do cenário, entre outras características do vídeo. Mas, afinal, como escrever um roteiro de vídeo corporativo emocionante?
O roteiro garante que a ideia principal do vídeo seja transmitida a partir de seus diversos aspectos, como as imagens, mensagem, o ritmo da narração, trilha sonora, entre outros aspectos, se mantenham fiéis ao que se deseja passar ao público.
Por esse motivo, há etapas antes mesmo da escrita do roteiro que são importantes, como veremos neste texto.
1. Briefing
O briefing é um documento elaborado que inclui as expectativas com a produção e a sua viabilidade. Ou seja, o documento é usado para alinhar aquilo que se deseja transmitir com o vídeo, juntamente com as possibilidades de produção. É nesta etapa que se define qual a narrativa que será utilizada no vídeo, que neste caso, busca transmitir algo emocionante.
Como estamos falando em um vídeo corporativo, é fundamental que a empresa reúna as principais informações sobre as suas atividades e detalhes da sua história. Portanto, cabe incluir no briefing missão, visão e valores, seu tempo de funcionamento, quantidade de funcionários e quaisquer outras informações que a empresa julgar relevante para constar no vídeo.
Além disso, algumas perguntas podem nortear o briefing de um vídeo corporativo. Portanto, busque responder nessa etapa:
- O que desejo transmitir com o vídeo?
- Quais sensações e sentimentos desejo despertar no meu público?
- Quais são os detalhes mais emocionantes da história da minha empresa?
- Quais são as conquistas do meu negócio das quais tenho orgulho?
Reunir essas informações no briefing pode, inclusive, ser uma ótima maneira de apanhar ideias para o vídeo. Afinal, um vídeo corporativo emocionante deve utilizar detalhes da própria história da empresa para tocar e inspirar o público.
Objetivos e público-alvo
Parte fundamental do briefing é a definição de objetivos e público-alvo. Afinal, para cada objetivo diferente, há linguagens e narrativas que podem ser exploradas com melhores resultados. Assim como dependendo do público, o vídeo terá uma abordagem ou outra.
Um vídeo corporativo desenvolvido para os clientes é completamente diferente de um vídeo voltado para os colaboradores. Portanto, definir esses aspectos é fundamental para escolher a linguagem que será abordada no vídeo e a mensagem que será transmitida.
2. Escreva um esboço
A compilação das informações do briefing permite que um primeiro esboço seja criado. Para essa elaboração, a equipe responsável pode definir alguns pontos como:
- O vídeo usará atores humanos?
- Quem serão os atores: atores profissionais ou os próprios colaboradores?
- O vídeo contará com captação de imagens ou animação?
- Haverá locução?
- Qual será o tempo de duração?
- Em quais mídias e plataformas o vídeo será veiculado?
- Serão utilizadas imagens de bancos de imagens? Haverá algum custo com isso?
Feito isso, é o momento de definir um primeiro esboço, com base nas informações já coletadas e também nas ideias apresentadas pelos responsáveis. Uma reunião com o departamento criativo da empresa e/ou os responsáveis pela criação do vídeo é um ótimo momento para o surgimento de ideias.
Vale lembrar que nessa etapa o objetivo é obter um roteiro fluído e sem muita estrutura, que ainda será lapidado nas próximas etapas.
3. Conte uma história
O storytelling, que em português pode ser traduzido como “contação de histórias”, é uma técnica que torna qualquer narrativa mais interessante. A técnica serve para transmitir uma mensagem de forma mais simples e compreensível pelo público, além de mais emocionante.
Para que as histórias sejam emocionantes, elas devem se aproximar das pessoas que vão assistir ao vídeo, por isso é tão importante conhecer bem o seu público. O storytelling é muito simples e poderoso, pois usa as seguintes etapas para a construção e transmissão de uma mensagem:
- Informação sobre algo;
- Focar em algo na narrativa que seja interessante para o público;
- Criar, de alguma forma, uma conexão com o público;
- Levar o público a tomar uma decisão.
A história, portanto, deve ser contada de forma que emocione o seu espectador. Para isso, ele deve se identificar com algum detalhe da história, para que se aproxime desse cenário criado pelo vídeo. Um bom exemplo para compreender o storytelling na prática são as palestras TED Talk. No geral, essas palestras causam emoções como empatia, alegria, identificação e outras. Escolha quais delas você deseja transmitir no vídeo corporativo.
4. Lapidação do roteiro
Agora, chegamos a um momento de lapidação do roteiro, no qual a narrativa deve ser incluída dentro de um tempo de vídeo específico. Hoje, os vídeos mais chamativos são cada vez mais curtos ou então, devem chamar a atenção do público ao menos nos primeiros 15 ou 20 segundos do vídeo.
É preciso ter muita atenção ao script do roteiro, para que o ritmo das falas ou narração seja adequado para compreensão. Usar ferramentas de contadores de palavras pode te ajudar a incluir cada informação no tempo de vídeo ideal.
Para te ajudar com o roteiro, veja a quantidade média de palavras para cada tempo de vídeo:
- 45 segundos: 90 a 100 palavras;
- 60 segundos: 120 a 170 palavras;
- 90 segundos: 200 a 250 palavras;
- 120 segundos: 250 a 300 palavras.
300 palavras pode parecer uma quantidade expressiva, mas não é. É por isso que cada palavra do vídeo deve ser muito bem articulada no roteiro, para que a atenção do espectador se mantenha. Assim como no enredo de um filme, é importante que o roteiro de um vídeo corporativo emocionante tenha início, um clímax e uma finalização, que no caso de vídeos institucionais pode trazer uma solução.
Vale lembrar que cada elemento colabora com as emoções transmitidas pelo filme: narração/falas, cores, música, cenário e outros elementos devem ser lapidados no roteiro de acordo com a mensagem.
5. Ritmo e significado
Bons filmes, assim como bons vídeos institucionais devem contar com uma ordem pré-determinada que, em uma sequência de acontecimentos ritmados são capazes de produzir um significado. Portanto, mais do que pensar no objetivo que deseja atingir, é preciso traçar o caminho até ele.
Para um vídeo emocionante, tudo irá colaborar, mas especialmente a ordem como as informações são apresentadas.